Ela agora está se tornando dona da própria vida. Não segue ordens, criou força de vontade, empinou o nariz, se equilibra em um salto alto e paga suas próprias contas.
Ela tomou as rédias do próprio destino. Não anda mais no banco do carona, ela dirige o próprio carro; não se submete a olhares mas cai em tentação e quando isso acontece, é pro apartamento dela que eles vão e no outro dia, nada de nomes, nada de números. Ela não cria intimidade.
No fundo ela sente falta do que viveu ao lado daquele homem, mas voltar para ele é algo que não está em seus planos.
Ele tem vontade de falar mas tem medo da resposta dela. Antes ela era dele, agora ela é de todo mundo e de ninguém.
Quando ela só quer ele, ela se olha no espelho e se aplica auto-criticas: "Respire fundo, engula o choro e sorria!"
Agora ela dá conselhos certos, ela manda a amiga se distrair, a leva para a balada ou lhe dá um pote de sorvete. "Continue andando. Enfrente seus problemas de cara. Reaja, vai. Está pensando que só você quem sofre? Erga a cabeça, se arrume que hoje vamos beber!"
Ela espera o melhor, mas está preparada para o pior. É difícil para a solidão conseguir ultrapassar o muro de concreto que cerca o seu coração. O ponto fraco dela, é ele. O seu outro ponto fraco, são as músicas que a fazem lembrar dele.
O medo a rodeia, a liberdade a assusta, o seu egoísmo é calculável e o seu amor é ilimitado.
Hoje não, amanhã também, mas talvez depois ela o procure. No fundo ela ainda acredita no seu "felizes para sempre", mas ele tem que ser o príncipe e o seu "era uma vez" acabou manchado pelo drink que ela derramou. A bruxa má e a fada madrinha são o tempo, que começou chuvoso e erradiou luzes solares. Mas o futuro é tão incerto que até o beijo antes da meia noite parece vir do sapo errado.
Ele a quer e ela o quer, e o orgulho e o medo se mostram barreiras fortes demais. Depois de amanhã quem sabe o pó mágico não faça efeito?
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