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O fim...

 "Ei garçonete, um caneco de cappuccino e um amor, quentes por favor!"
 O meu amor me deixou, bateu a porta e saiu com aquela mala vermelha que compramos próximo ao natal. Não deu motivos, não se explicou, apenas foi. "Não, não me deixe", eu não supliquei, será que devia ter o feito?
  Sempre ouvi dizer que o amor supera tudo, mas acho que nos tornamos excessão a essa regra. Tudo foi rápido e instantâneo demais para calcularmos, você foi e eu fiquei. Não lutei por você ou por nós, deixei você ir.
 "Ei você vende band aid pro coração e um sorriso pro rosto?"
 Ainda tento superar, mas não suporto essa saudade e a intensidade desse sofrer. Partiu e deixou marcas tatuadas em mim. O que era para terminar com um 'felizes para sempre', se tornou um 'ele viu que não era amor e a deixou'.
 Bem pouco comum um amor começar dando errado, com dúvidas e inseguranças maiores que o sentimento e acabar dando certo, próximo do ponto final.
  Eu e essa minha mania de me entregar demais ao amor, acabo por sofrer por amor não ser. Tenho tanto medo sob um novo começo, que depois dos primeiros bons passos, acabo me entregando de corpo e alma. E ai, para mais tarde começar uma nova história é preciso encerrar com a que está em andamento, a qual sabemos o destino final.
 Seria mais fácil se tivéssemos um botão de escape, nesse caso, eu o usaria antes de me apaixonar, para não precisar chorar  durante o banho para disfarçar a dor. Não pretendo responder ao meu pai que não está tudo bem e nem ver minha mãe sofrer junto comigo. Deixa escondido, apagado, fosco, que ninguém vai perceber. Enquanto isso vou aprender a desamar você.




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