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Sobre o amor que perdi

Tome nota: texto escrito com todo carinho e com co autor barra amigo mais amorzinho Gustavo (). A personagem foi descrita por ele, qualquer semelhança física é proposital. 



 Ela é linda! Tão linda que jamais conseguiria fazer uma descrição a altura. É branca como a neve, seus olhos são profundos e intensos, castanhos como a cor dos seus cabelos longos, que ela ama dizer que seu cabeleireiro na infância dizia ser um tom loiro acinzentado, que mudava de tom quando a luz do sol batia. Seus fios dourados a deixavam ainda mais meiga. Seu sonho é ser ruiva, mas tem apego por seu cabelo. E lhe falta coragem. Tem algumas sardas no rosto que ela ama odiar. Cobre tudo com maquiagem. Uma pena, ela fica tão bonita com o rosto pintadinho. Tem a delicadeza de uma boneca e um temperamento forte e explosivo do qual herdou da mãe e a cabeça dura que dizem ter puxado do pai.

 Cabe um amor surreal a quem a faz se sentir bem. Tem um extinto protetor admirável e adora cuidar e fazer surpresas só para ganhar abraços e sorrisos. Isso tudo em pouco mais de um metro e meio. Tem um brilho diferente e um vício incontrolável em sushi e chocolates. Sem falar em John Mayer, Tiago e Ledjembergs.

 Gostava da minha barba e brigava comigo se fosse vê-la  com rosto liso. E como é briguenta... Mas também gostava do meu abraço apertado e dizia que meu beijo era viciante e tinha gosto de quero mais. Meus lábios nunca beijaram uma boca com um gosto tão bom quanto o dela. Aquela garota se entrega por inteiro, o amor, diz ela, tem pressa mesmo que caminhasse com cuidado. Ela tem aquele jeito conquistador e como me lembra uma canção do Natiruts, mesmo amando o inverno, espero que o verão no sorriso dela nunca acabe. 

 Dizia ter inveja de quem podia me ver todos os dias. Era fã das terças do cinema na minha casa e dos dias que nosso time jogava futebol e saiamos para assistir, beber e nos divertir com os amigos. Dor de cabeça nunca era uma desculpa aceitável para ela. Trocava qualquer balada por um programa mais leve. Será que isso mudou?

 Não é uma pessoa constante, talvez um pouco bipolar e enjoa fácil das pessoas. Não sei como ficou tanto tempo na minha vida. Devia ter acreditado mais e valorizado mais todo o amor que ela dizia sentir. Ela me amava, como pude um dia ter duvidas disso? Talvez por isso tenha partido. É reservada quando o assunto é sua vida amorosa. Nunca soube com quantos caras dormiu ou se teve alguma alguma aventura com algum dos seus amigos. Sempre me falou que amores do passado deviam ficar no passado. Tem pinta de conselheira, lado justiceiro e pouco julga os motivos alheios. Com ela é tudo preto no branco.

 O que me dói é saber que hoje outro cara tem tudo o que de mais precioso perdi. Outro cara a beija, abraça e a ama. É a mão de outro que desliza pela coxa dela, outro cara que dorme ao seu lado e vê suas sardas e sorriso pela manhã. É para esse tal outro cara que a mãe dela cozinha e com ele que o pai dela bebe e assiste ao futebol. É para ele as mensagens de bom dia ou boa noite. É para ele os beijos no carro antes de se despedir. É ele que a promete amor e que planeja futuros. 

 O que me dói é saber que eu a perdi por que fui burro, por que menti e por que achei que ela não iria descobrir. Achei que seria fácil a enganar e desdenhei da sua inteligência. Ela que já perdoou minhas crises de ciúmes e as muitas vezes que a tratei mal, estava certa em partir  para procurar sua felicidade no sorriso de outro alguém. Eu poderia ter sido o melhor, mas preferi ser o tolo que achou que sempre a teria. Ela me amava e eu joguei o amor dela ao vento. Hoje tento colher as migalhas de tudo aquilo que desperdicei e aquela imagem dela batendo a porta, me dizendo que cansou de sofrer, que era um adeus, não me sai da cabeça.

 São 4:30h e eu afogo as saudades em mais uma garrafa de vodka, lembrando de quando a vi hoje, tão linda nos braços e abraços daquele que a soube amar, que não eu. Eu a perdi e com isso me perdi também. Foi o fim de mim quando foi o fim de nós.

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